Relatórios de Projectos




As Irmãs Franciscanas Nossa Senhora das Vitórias desenvolvem um projecto de combate à desnutrição no Lubango, Angola, onde se deparam com casos de fome e de extrema pobreza.
As refeições são confeccionadas e distribuídas semanalmente por um grupo de voluntários, sobretudo destinadas aos idosos e crianças.
Chegam a ultrapassar as 500 pessoas. São necessários mais de 75 quilos de arroz e mais de 90 quilos de carne ou peixe. Em adição são distribuídos cabazes.





Desde 2015 que a APARF apoia a voluntária Estrella Soto no diagnóstico e tratamento dos doentes de lepra em Cabo Delgado, Moçambique.
O seu trabalho tem sido divulgado através do “O Amigos dos Leprosos” e nas redes sociais da APARF. Por ela já passaram centenas de doentes de lepra e, outros tantos milhares, com outras doenças, na sua maioria, negligenciadas.
Infelizmente, Moçambique tem tido um aumento de casos de doença de lepra.
Nestes últimos anos tem-se desenvolvido o projecto de formação de voluntários/activistas locais para que seja possível ir mais longe e diagnosticar a doença atempadamente.





A lepra é ainda uma doença endémica em muitas partes da África Subsariana, especialmente no Sudão do Sul. Ainda que a incidência global esteja a diminuir, as consequências da doença, especialmente as feridas de lepra, representam um grande obstáculo para a reabilitação e integração na sociedade das pessoas doentes de lepra. […]
As estatísticas do Sudão do Sul são inexistentes sobretudo devido à guerra, mas pode-se extrapolar que o número de casos, com as consequentes evitáveis deformidades, é evidentemente grande devido ao reduzido número de profissionais médicos que podem diagnosticar e tratar a doença. As deformidades, especialmente a falta de dedos, as úlceras abertas, são em grande parte dos casos, o que provoca o medo na sociedade e o consequente estigma do qual sofrem estes pacientes.
No sentido de combater este estigma foi pedida a “Campanha de Cirurgia para Pacientes com Feridas de Lepra” pela Irmã Dra. Joana Carneiro, Missionária Comboniana, no Hospital São Daniel Comboni em Wau, Sudão do Sul.
Imediatamente depois de chegar a Wau, a cirurgiã especialista em lepra, Dra. Marlene E. Long, e a Ir. Joana dirigiram-se a Agok, onde existe ainda um leprosário activo, mais ou menos a 30 km da cidade de Wau, na companhia do Sr. Thomas Aleu, coordenador local que acompanha os pacientes de lepra há vários anos. Foram recebidos calorosamente em Agok por uma trentina de pacientes que foram chamados para uma avaliação clínica. Infelizmente, devido ao ambiente de guerra, a maioria dos pacientes vivem refugiados nas florestas. […]
Num curto espaço de uma semana foi possível proceder ao tratamento cirúrgico de úlceras plantares, palmares e foram efectuadas ainda a 6 cataratas em pacientes com lepra.
Para além das cirurgias, foi pedido à Dra. Long, como especialista em lepra, para dar algumas formações sobre a doença ao pessoal do Hospital São Daniel Comboni, onde ainda existe muita ignorância prejudicial sobre a doença. […]
Apoio a doentes de lepra – Comboni Hospital – Sudão do Sul No sentido de diminuir o medo e o estigma associado à doença, todos os pacientes com feridas de lepra, foram admitidos no Departamento de Cirurgia e tratados como qualquer outro paciente, tendo sido acolhidos com um bom aperto de mãos.





A PROCURA – Missões Claretianas desenvolve desde 2012 o Projecto Casa Claret na cidade da Trindade. Englobado neste projecto, desenvolvemos várias iniciativas entre as quais a Escolinha Claret e o Apoio nas Roças. […] No projecto apresentámos à APARF que pretendíamos fundos para a melhoria do espaço onde se encontrava a bomba de água, a sua reparação, colocação de nova canalização e a instalação de um sistema de filtros de água. […] Sistema de filtragem de água – S. Tomé e Príncipe.





A St. Joseph’s Leprosy Society apoia doentes de lepra e acompanha as suas famílias também elas carenciadas.
Numa zona onde a obtenção de água limpa é difícil de se conseguir devido às condições extremas da área e, também, com a falta de chuva, que fez descer drasticamente o nível da água, pediram apoio para a construção de um furo para que tenham acesso a água potável no centro de saúde e no centro de apoio a doentes deficientes.
O furo foi feito com sucesso e, agora, todas as pessoas que se dirigem ao centro, poderão usufruir deste bem precioso.



É com muita alegria e gratidão que vos enviamos este relatório. A APARF financiou-nos um furo de água. A nossa imensa gratidão. Com este projecto resolveu-se um problema, grande problema para a população vivente em Okaxila.
Grandes benefícios para nós irmãs e também para o povo ao nosso redor, como se pode ver nas fotos. O sofrimento de usar aquela água suja acabou, agora temos água potável, graças a vós, nossos benfeitores. Estamos sem palavras, parece-nos um sonho. Deus vos recompense.





Em primeiro lugar vai o nosso agradecimento, em nome do nosso povo da leprosaria São José, por este gesto de amor e ajuda, que sempre é dado com carinho pela vossa imensa compaixão. Os nossos doentes já estão melhor, graças a Deus, mas diagnosticaram mais três pessoas com lepra e uma faleceu.
Não sabemos exprimir a gratidão manifestada nos olhos de cada um, na entrega de medicamentos, curativos, alimentos, colchões, meias e outros bens como fuba, óleo, peixe, sabão, pomadas para a pele. […] Comprámos algumas enxadas e sementes para o cultivo das hortas caseiras, que é, também, uma forma de minimizar a fome. Incentivámos também a plantar nas suas próprias hortas, porém, tendo em conta as sequelas causadas pela doença, cada um/a consegue plantar segundo as suas forças.
Através da visita às famílias dos doentes pude perceber que muitos não possuíam documentos pessoais, nem os seus filhos ou netos. Por este motivo havia muitos jovens e crianças fora do ensino. Esta situação preocupou-nos muito como Congregação, e a mim, que estou mais perto dessa realidade. Procuramos alternativas para que tenham uma melhor qualidade de vida, com dignidade […] fez-me procurar apoio às entidades públicas para tratarem dos documentos […] porque há muitas crianças, algumas doentes, que foram abandonadas pelos pais. O pedido foi aceite e conseguimos tratar dos seus documentos. No caso das crianças cujos pais não assumiram, continuam a ser atendidas. Demos um pouco de apoio às mães que se deslocaram à conservatória.
Continuamos a ter um grande número de pessoas com malária. Por dia temos entre 11 a 13 receitas para aviar. Para além das consequências da lepra, feridas e amputação dos membros, temos a pneumonia, febre tifóide e também Combate à hanseníase na colónia do Kuito – Angola muitos casos de disenteria ou diarreia. […] Mesmo assim conseguimos atingir os nossos objectivos. Na leprosaria encontram-se 191 crianças, 86 jovens e 68 adultos. As mudanças foram visíveis na saúde, como podem ver nas fotos, pessoas mais idosas, mas que ainda conseguem andar.





As Missionárias Combonianas que se encontram na Diocese de Laï, Chade, apresentaram à APARF um pedido de apoio para desenvolverem várias actividades na área da saúde no dispensário. Desde consultas, partos, vacinação, exames, entre outros. Lidam com vários tipos de urgência, deste anemias, malária, febre tifóide, queimaduras, dermatites, mordidas de cobra etc.
As pessoas que recorrem ao tratamento já chegam em estado grave, pois, pela dificuldade financeira recorrem a terapias paliativas.
Com o apoio da APARF foi possível a compra de medicamentos essenciais, antibióticos, antimaláricos, produtos para a realização de exames em laboratório e alimentação para os desnutridos.
Beneficiaram deste projecto, entre crianças, jovens e adultos, cerca de 2.000 pessoas.





A Congregação dos Franciscanos Conventuais gere a Escola Técnica Vocacional Industrial Católica S. João Paulo II em Passab, Timor-Leste.
A Escola funciona com um internato de 60 alunos pobres que não têm possibilidade de pagar as propinas. Pediram apoio à APARF para a compra de medicamentos, material de primeiros-socorros e alimentação.
O apoio foi-lhes concedido e é visível o melhoramento no aproveitamento escolar.




Em parceria com as Irmãs de São João Baptista e a Direcção Distrital de Saúde da Mulher e Acção Social no Gilé, Moçambique, a APARF financiou a compra de bicicletas a serem distribuídas pelos activistas da lepra.
Em adição às bicicletas foi atribuída uma verba para o pagamento do combustível das motos dos enfermeiros para que cheguem aos doentes de lepra em zonas remotas, e possam distribuir a medicação, mensalmente, de modo a não haver uma quebra no tratamento e cura dos doentes.
